Autor: Lisa
Genova
Título
Original: Still Alice (2009)
Páginas: 288
Gênero: Literatura
Estrangeira, Romance, Drama
Nota: ♡♡♡♡♡ (5/5)
Editora: Nova
Fronteira
SINOPSE: Alice sempre
foi uma mulher de certezas. Casada e mãe de três filhos já adultos, ela é
professora titular em Harvard, uma especialista de renome mundial. Perto de
completar 50 anos, Alice começa a esquecer. No início, coisas sem importância,
como o lugar em que deixou o celular, até que, um dia, ela se perde a caminho
de casa. Um diagnóstico inesperado altera para sempre sua vida e sua maneira de
se relacionar com a própria família e o mundo. E, quando não há mais certezas
possíveis, só o amor sabe o que é verdade. De alguma forma e apesar de tudo,
Alice é para sempre.
“Ela sempre fora tratada com grande respeito. Se sua superioridade intelectual fosse cada vez mais substituída pela doença mental, o que viria a substituir esse grande respeito? Pena? Condescendência? Constrangimento?”
O livro traz
uma história bastante intensa onde emoções transbordam a cada página,
fazendo-nos observar tanto a fragilidade quanto o instinto de sobrevivência do
ser humano, independente de raça, clero ou classe social. Alice, ao receber o
diagnóstico de Alzeimer de Instalação Precoce, tem sua vida transformada e
tenta de diversas formas, muitas delas bem criativas, retardar os sintomas e vencer
a doença. Seu marido e filhos tentam ao máximo auxiliá-la, cada um a sua
maneira, fazendo-nos refletir sobre a importância da família como parte da rede
de apoio, ainda que com seus dramas e conflitos.
A história
nos coloca no lugar do doente, fazendo-nos passar por suas angústias, desde os
esquecimentos corriqueiros até os mais graves, como reconhecer onde mora e até
mesmo seus familiares. O esforço para encontrar uma palavra, para acompanhar
uma conversa... Muitas vezes a preocupação com a doença é tanta que acabamos
por nos esquecer do adoecido enquanto pessoa, suas vontades e opiniões começam
a não serem mais ouvidas... Outro ponto que o livro nos leva a refletir é sobre
o preconceito, em suas mais variadas formas...
“Meus ontens estão desaparecendo e meus amanhãs são incertos. Então, para quê eu vivo? Vivo para cada dia. Vivo o presente. Num amanhã próximo, esquecerei que estive aqui diante de vocês e que fiz este discurso. Mas o simples fato de eu vir a esquecê-lo num amanhã qualquer não significa que hoje eu não tenha vivido cada segundo dele. Esquecerei o hoje, mas isso não significa que o hoje não tem importância.”
Livro mais
que recomendado, é o tipo de história que nos faz torcer juto com a personagem
principal, para que esta consiga vencer seus obstáculos, neste caso, ela
própria. Fica a lição, devemos aproveitar ao máximo o que realmente tem
importância na vida, nunca saberemos até quando iremos desfrutar desse
presente...
Abaixo o
trailer da adaptação para o cinema, que a meu ver, deixou de fora muitas
passagens importantes da trajetória da personagem...
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