sábado, 8 de agosto de 2015

Resenha: Para Sempre Alice

 Autor: Lisa Genova

Título Original: Still Alice (2009)

Páginas: 288

Gênero: Literatura Estrangeira, Romance, Drama

Nota:  ♡♡♡♡♡ (5/5)

Editora: Nova Fronteira

         SINOPSE: Alice sempre foi uma mulher de certezas. Casada e mãe de três filhos já adultos, ela é professora titular em Harvard, uma especialista de renome mundial. Perto de completar 50 anos, Alice começa a esquecer. No início, coisas sem importância, como o lugar em que deixou o celular, até que, um dia, ela se perde a caminho de casa. Um diagnóstico inesperado altera para sempre sua vida e sua maneira de se relacionar com a própria família e o mundo. E, quando não há mais certezas possíveis, só o amor sabe o que é verdade. De alguma forma e apesar de tudo, Alice é para sempre.


            “Ela sempre fora tratada com grande respeito. Se sua superioridade intelectual fosse cada vez mais substituída pela doença mental, o que viria a substituir esse grande respeito? Pena? Condescendência? Constrangimento?”

O livro traz uma história bastante intensa onde emoções transbordam a cada página, fazendo-nos observar tanto a fragilidade quanto o instinto de sobrevivência do ser humano, independente de raça, clero ou classe social. Alice, ao receber o diagnóstico de Alzeimer de Instalação Precoce, tem sua vida transformada e tenta de diversas formas, muitas delas bem criativas, retardar os sintomas e vencer a doença. Seu marido e filhos tentam ao máximo auxiliá-la, cada um a sua maneira, fazendo-nos refletir sobre a importância da família como parte da rede de apoio, ainda que com seus dramas e conflitos.

A história nos coloca no lugar do doente, fazendo-nos passar por suas angústias, desde os esquecimentos corriqueiros até os mais graves, como reconhecer onde mora e até mesmo seus familiares. O esforço para encontrar uma palavra, para acompanhar uma conversa... Muitas vezes a preocupação com a doença é tanta que acabamos por nos esquecer do adoecido enquanto pessoa, suas vontades e opiniões começam a não serem mais ouvidas... Outro ponto que o livro nos leva a refletir é sobre o preconceito, em suas mais variadas formas...


 “Meus ontens estão desaparecendo e meus amanhãs são incertos. Então, para quê eu vivo? Vivo para cada dia. Vivo o presente. Num amanhã próximo, esquecerei que estive aqui diante de vocês e que fiz este discurso. Mas o simples fato de eu vir a esquecê-lo num amanhã qualquer não significa que hoje eu não tenha vivido cada segundo dele. Esquecerei o hoje, mas isso não significa que o hoje não tem importância.”


Livro mais que recomendado, é o tipo de história que nos faz torcer juto com a personagem principal, para que esta consiga vencer seus obstáculos, neste caso, ela própria. Fica a lição, devemos aproveitar ao máximo o que realmente tem importância na vida, nunca saberemos até quando iremos desfrutar desse presente...
Abaixo o trailer da adaptação para o cinema, que a meu ver, deixou de fora muitas passagens importantes da trajetória da personagem...




Até mais, pessoal!



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